
Imagine:
1) Um resort em que você pode comer e beber o que quiser, na hora que quiser, na quantidade que puder.
2) Um local em que as águas-de-coco (isso leva hífen ou não mais? Maldita reforma ortográfica...) são ilimitadas.
3) Uma piscina com direito a jacuzzi, toneladas de espreguiçadeiras acolchoadas e com crianças separadas em um lugar só para elas (Qual é a vantagem? Ora essa, você não verá restos de fralda suja boiando do seu lado...).
Se você imaginou tudo isso, é porque você pensou no Iberostar Bahia. Reduto de gringos, brasileiros endinheirados e outros nem tanto (caso deste blog, que agradece a invenção do crediário), o lugar encanta por diversos motivos.
Para começar, o clima é ótimo no litoral norte baiano. Mesmo na época de chuvas (entre agosto e outubro, meses em que, por sinal, as tarifas costumam ser menores), é calor por ali. E o sol costuma aparecer até nos dias em que há tempestades (normalmente faz sol, chove muito rapidamente e o sol reaparece).
Associada ao tempo está a ótima infra-estrutura do hotel. Com atendimento caprichado para as crianças (que ficam refugiadas num pequeno porém divertido Kids Club), o Iberostar traz a tranqüilidade sonhada por quem quer apenas descansar.

Alimentação
Um dos pontos positivos do sistema all-inclusive do Iberostar é a possibilidade de poder comer em ao menos um dos diversos pontos de alimentação (são cinco restaurantes, ao todo) durante as 24 horas do dia. Há hotéis que se dizem all-inclusive, mas que não fornecem alimentação o tempo todo (falaremos mais sobre isso em breve, quando publicarmos a análise do resort Starfish Ilha de Santa Luzia, SE). Essa é uma garantia de comodidade, principalmente para aqueles que querem fazer um passeio e precisam levantar cedo. Há uma agência de turismo dentro do hotel, que organiza traslados que saem quase de madrugada.
Mas há pontos negativos a serem abordados. A começar pela ausência de sucos naturais nas refeições. Todos os sucos (que, aliás, são servidos apenas no café-da-manhã) são artificiais. E com relação aos refrigerantes, há apenas aqueles que são fabricados pela Coca-Cola. Você provavelmente enjoará de Fanta, Sprite e Kuat ao fim de sua estadia.
Com relação ao que é servido, ainda falta um tempero local. O gosto é de comida preparada para estrangeiro apreciar. Tudo conta um sabor mais contido, simplório até. O feijão é aguado. E o arroz, sem exceção, é duro. "Ordens do chef, que é espanhol", explicava um funcionário da cozinha, provavelmente cansado de ouvir as mesmas reclamações.
No Iberostar Bahia há seis restaurantes:
1) Meu Rei - é o principal restaurante do resort. Serve todas as refeições possíveis. Café-da-manhã, almoço, café-da-tarde, jantar e "café-da-noite", para os madrugadores. Nele se pode entrar com saída de banho, chinelo, sem camisa, etc.
2) La Palma - é o restaurante destinado a lanches rápidos. Serve hot-dogs, hambúrgueres e tudo o que for gorduroso. Ah, e tem saladas e sorvetes também. Como fica ao lado da piscina e é todo aberto, vale entrar com roupa de banho.

4) Sakura e 5) Marenostrum - respectivamente o japonês e o mediterrâneo do hotel. Tem cardápios apurados e atendem sob reserva. Valem a visita. O atendimento é excelente em ambos os casos. Exigem trajes menos formais (dá pra ir de bermuda e papete, mas não de short e chinelo).
6) Francês - não testado à época por estar em reforma. Fica ao lado do Meu Rei e exige trajes formais, do tipo camisa e calça. Incoerente em um hotel de praia, mas regra é regra.
A reserva nos restaurantes Coqueiro, Marenostrum, Sakura e no francês funciona da seguinte maneira: a cada sete dias de hospedagem, o hóspede tem direito a três reservas de restaurante. Elas podem ser utilizadas do jeito que o turista quiser: todas em um só lugar, ou um de cada, ou dois em um e o restante em outro.
Este blog recomenda a seguinte escalação: Mediterrâneo / Japonês / Mediterrâneo. Dispense o restaurante Coqueiro no jantar. Você será obrigado a ir ao Meu Rei logo após para comer de verdade.